quarta-feira, 23 de setembro de 2009

DINAMARCA: A TRADIÇÃO DO DESAMOR


Enquanto muitos países, instituições e pessoas de todo o mundo se esforçam para criar medidas, mecanismos e ações para a preservação do planeta, diminuir a liberação de gases que comprometem o aquecimento global, proteger e preservar os animais, acabar com a segregação e a intolerância religiosa, elevar os princípios da dignidade da pessoa humana e do desenvolvimento sustentável à direitos supraconstitucionais, bem como se preocupam em preservar os bens classificados como patrimônio da humanidade, ocorre anualmente um massacre cruel e intolerável que caminha na contra-mão desses direitos.

Todos os anos, na Ilha de Feroe, localizada na Dinamarca, quando os jovens chegam à idade adulta, existe uma "celebração" que é uma verdadeira barbárie. Milhares de golfinhos Calderon são atraídos para praia e são mortos pelos jovens com a ajuda de adultos, em nome de uma absurda e inaceitável "tradição". Aqueles que não ajudam permanecem para assistir ao espetáculo de horror.

É um verdadeiro retrocesso do ser denominado "racional" em relação aos seres denominados "irracionais". Que adultos eles estão formando? Que herança estão deixando ou que costume estão ensinando?

O Planeta e tudo o que se encontra nele, não nos pertence! Nos foi emprestado por Deus para vivermos nele, assim como os demais seres vivos.

No reino do animal irracional eles matam apenas para se alimentar, no ciclo natural da cadeia alimentar; já no reino do homem "racional", ocorrem massacres apenas por diversão ou em nome de tradições que são inaceitáveis.

Esses golfinhos não pertencem a eles, mas sim a todos. Faz parte do patrimônio da humanidade.

Mais uma vez o homem... o ser inteligente... racional.... é protagonista de atos de barbárie, desamor e crueldade!

Onde está o amor e a compaixão?

Leia a matéria na íntegra no site: www.algarve-reporter.com.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

MISS IMPERFEITA?

Outro dia recebi de uma amiga um texto escrito por Martha Medeiros, jornalista e escritora, que adorei e resolvi postar. Dedico a todas as mulheres comuns, mas guerreiras:

"Eu não sirvo de exemplo para nada, mas se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para sumir dois dias com seu amor... três, cinco dias! Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto. Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

A nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for SUPER, se não for MEGA, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedaço de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.

Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.

Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante."